Nestas últimas décadas, em todo o mundo, a psicoterapia psicanalítica teve um grande incremento dado que a compreensão analítica de certas patologias que, anteriormente, foram consideradas fora do âmbito do campo de acção terapêutica da psicanálise, veio permitir ajustar o conhecimento psicanalítico a uma técnica mais adequada e adaptada a responder terapeuticamente às manifestações dessas patologias.
A psicoterapia psicanalítica usa a mesma base teórica da psicanálise e estuda todos os seus autores, constituindo-se igualmente como um instrumento que facilita o autoconhecimento, a ampliação do campo do pensamento, a transformação pessoal e a busca de um sentido de vida.
A psicoterapia psicanalítica não é uma forma menor da psicanálise, mas uma modalidade clínica, requerendo um terapeuta experimentado e capaz de trabalhar em condições, por vezes, mais difíceis do que aquelas em que se desenvolve a psicanálise. O psicoterapeuta psicanalítico pensará analiticamente, mas a forma de contacto com o paciente será outra, até porque o próprio processo se desenrola de forma diferente na análise clássica - por exemplo, o tempo da sessão parece mais denso, o ritmo é mais acelerado, o silêncio pode ser mais pesado do que numa sessão de análise. O paciente, de certo modo, espera um pequeno resultado de cada sessão, obrigando o terapeuta a um pensamento mais concentrado e menos associativo do que em psicanálise. Seria assim uma espécie de modulação da psicanálise clássica.
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APPPP - Associação Portuguesa de Psicanálise e Psicoterapia Psicanalítica